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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nada é permanente, apenas a mudança



A crise em Portugal parece não ter fim à vista, mas especialmente parece não ter solução. Os problemas sucedem-se, os sacrifícios multiplicam-se, a descrença, a falta de confiança e o desespero instalam-se.  
Procuram-se soluções, ideias, caminhos. Procuram-se pessoas com soluções mas na realidade o que se procura são pessoas que procurem soluções, desde logo uma das grandes dificuldades. A tendência de esperar que alguém faça alguma coisa e vez de fazer por isso, confiar sem olhar, ficar apenas pelas esperanças criando falsas espectativas, irrealistas. Promessas vãs de pessoas pouco capacitadas embora em lugares de destaque quando o grande problema está nas pessoas que as seguem ou que simplesmente consentem tudo de forma demasiado passiva. Deixam-se ficar, viram as costas, fingem não ver, fazendo parte do problema e não da solução. Nas últimas semanas tenho observado muito mais chamadas de atenção para aqueles que preferem estar sentados no sofá de casa do que na rua a marcar uma posição, no trabalho a fazer ver o seu valor, no global é tudo uma questão de postura.

Mas cada vez mais, cada vez mais importante é perceber que as soluções estão em cada um de nós, cada um faz parte da solução. Começa logo por uma questão de atitude, por uma postura de acção, uma proactividade que tem de ser trabalhada todos os dias, que por inerência estimula e motiva quem está à volta. A mobilização que funciona para protestar, para manifestar a insatisfação também funciona para agir, para ganhar o controlo das nossas vidas, para fazer realmente alguma coisa por nós, pela nossa família, pela nossa cidade, pelo nosso país. A mudança começa por nós mesmos, não podemos esperar que as coisas mudem. Li algures num suporte publicitário uma frase de um grande filósofo da antiguidade clássica que dizia “Nada é permanente, excepto a mudança”.

E com esta frase tudo começa. Claro que as coisas têm mudado para pior, claro que a situação tem estado e tem chegado a um ponto perfeitamente inclassificável. Mas uma coisa é certa: estas mudanças têm ocorrido com base em decisões de outros, justificadas em fundamentos de outros, de terceiros, de alguém que cada vez mais desconhece a realidade, o que se passa na nossa rua. Quem conhece melhor as nossas ruas senão quem lá mora? Quem melhor para perceber o que é necessário do que quem precisa? Revolução será apenas algo onde as pessoas se revoltam e nada muda, tiram uns para colocar outros que farão o mesmo? Ou será algo mais profundo, movimentos de massas, real mudança no sentido de outra vida, outra realidade, uma alternativa, uma alternativa melhor?

Independentemente dos pontos de vista nestas questões de revolução, à parte de ideologias, o meu foco está virado para fazer algo por mim, por nós. Trabalhar para mudar de vida, empenhados em melhorar e fazer mais, sem esperar pelos outros, especialmente aqueles a quem não devemos nada, muito pelo contrário. É um facto histórico que Portugal já passou por outras crises, maiores ou menores, e conseguiu sobreviver, embora seja verdade que pouco se aprendeu. Também é um facto que muito do desenvolvimento que tivemos não se deveu apenas e somente aos governos, à política e aos políticos. Deveu-se sim aos empresários, aos empreendedores que sempre tivemos, a todos os que se esforçaram em fazer mais, sempre pensaram em ter mais, sempre sonharam em chegar mais longe.

Assim, para finalizar, ou melhor, para começar, na minha opinião boa parte da solução está realmente em nós próprios, não nos outros. Mas essas soluções não estão apenas no protesto, na manifestação, em assinar resmas de petições. A solução está em agir, em fazer alguma, coisa, no empenho, na procura da criação de valor de cada um de nós.

O futuro somos nós, e esse futuro é e sempre foi nosso.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Processos disruptivos para inovar

Li há umas semanas um pequeno artigo de opinião no Diário Económico online, interessante. O texto em si falava, de certa forma, dos hábitos muito portugueses, das maiorias silenciosas, das manipulações conjunturais e de outras coisas. Coisas que, para mim, começam a ser demasiado aborrecidas, talvez mesmo cansativas, e uma verdadeira perda de tempo.
Nem sequer vou tocar nas questões chatas porque o texto relembrou-me logo de uma palestra numa conferência recente que assisti, onde se falava na criação de oportunidades, nos processos disruptivos na área dos negócios. Ora então saltando por cima dos queixumes e protestos esvaziados de sentido, a ideia com que fico é que numa época de crise como esta, em que temos realmente puxar por nós mesmos para chegarmos a algum lado, devemos perceber que dessa forma puxamos também por outros junto de nós, pela nossa comunidade, no fundo pela nossa cidade, pelo nosso País.
A ideia dos processos disruptivos passa pela questão que, tal como o sistema económico actual está falido, desactualizado, descaracterizado e longe da realidade e das reais necessidades, também o nosso quotidiano profissional é diferente, as necessidades são outras, as oportunidades criam-se com esforço, mas de forma diferente. É necessário quebrar, mudar, lutar por coisas diferentes, motivar-nos e não esperar motivação. É fundamental inovar, mais do que nunca. Devemos estimular e puxar pela criatividade e capacidade de inovação de todos, com base numa estructura sólida de comunicação, uma rede eficaz, com clareza e transparência. As organizações devem colocar aos colaboradores e funcionários, não só objectivos, mas também desafios, estimulando o espírito empreendedor de todos, a capacidade de luta e adaptação, quase despertar o espírito de sobrevivência, mas do ponto de vista profissional. Não é propriamente elevar a concorrência ao extremo, mas o empreendedorismo, mas de todos e em todos os níveis.
Uma ideia a ser trabalhada. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Em parte, um manifesto


A crise está perfeitamente instalada e nem sequer pediu licença para entrar. Em tempos difíceis, mas aplicável a qualquer situação momento, a melhor forma de sair é procurarmos a portas abertas e não as fechadas. Ou seja, para sairmos da crise temos de procurar as soluções e não ficarmos obcecados pelos problemas.
Obviamente que tratando-se da actual crise e olhando para o estado do nosso país, posso e devo apenas generalizar, porque é difícil e pouco justo falar de cada caso específico em tão poucas linhas.
Lendo os jornais, os noticiários das televisões, as reportagens na rádio, e toda a imensidão de material que pulula a internet, verificamos que a contestação social está a aumentar, a população começa a protestar, a fazer ouvir a sua voz. Sem dúvida que boa parte desta situação é altamente positiva, um sinal de uma democracia saudável, uma população que não está estagnada e adormecida mas bem informada e activa. Tudo isto é bom, mas tudo isto é fado.
Fado, uma forma de cantar singular, portuguesa de gema, mas em certos pontos de vista talvez um certo lamento, um certo manto negro sobre algo, uma lamentação, independentemente do conteúdo (uma definição demasiado afunilada, apenas como argumentação). E esse fado, essa lamentação é o que tenho visto mais por aí, pelo país fora, em toda a comunicação social. Vejo muitas pessoas a lamentarem-se por isto ou por aquilo mas poucas a fazerem alguma coisa por isso. Vejo centenas e milhares de pessoas empunhando cartazes, a marcharem ruas fora, mas muito poucas a demonstrarem vontade de fazerem algo para mudarem o estado das coisas. Vejo centenas de comentários sobre como as coisas estão, mas muito poucos sobre como as coisas deveriam estar.
O foco está quase a 100% no problema, deixando pouca margem para solução.
A questão não está no “se formos fazer” mas no “como vamos fazer”. Já não se tratar de boas intenções, mas efectivamente da criação de valor, e esse valor não está circunscrito apenas aos negócios e ao meio empresarial. A criação de valor está em primeiro lugar ao nível individual, ao nível pessoal, de cada um de nós. Não se trata de positivismo mas de força vontade.
Não pretendo criticar mas fazer sim uma avaliação crítica da situação e, tentando ir mais longe ainda, procurar e identificar soluções, evitando a simples concentração nos problemas. Vamos continuar a comentar ou começar a fazer alguma coisa por isto?
Claro que há casos, e provavelmente muitos, de pessoas ou grupos de pessoas que não podem ou não conseguem fazer alguma coisa por isso, mas com certeza absoluta que alguém ao lado pode. Não se trata de voluntariado ou caridade, mas empowerment. Preferem esperar que alguém faça algo por vocês ou vão já tratar do assunto? Estão à espera que alguém vos dê algum poder de decisão ou vão procurar ferramentas para lá chegarem? Deixar que os outros decidam e façam por nós levou-nos ao estado actual em que vivemos, será que é isso que queremos?
Mais do que dizer neste preciso momento o que A ou B pode ou deve fazer, o que a vizinha do C ou o primo do D querem, porque não começar exactamente pela forma de pensar, pela nossa postura, a nossa abordagem aos problemas? Trocar a palavra pela acção, a indignação pela reacção, a estagnação pela revolução, o protestar pelo trabalhar, são apenas alguns exemplos. Nada disto impede nem retira qualquer direito à indignação, liberdade de expressão ou manifestação, mas pretende uma visão mais pró-activa, mais positiva, mais produtiva.
Tal como uma famosa expressão de John Kennedy: “Não perguntes o que o país pode fazer por ti, mas o que podes fazer pelo país.” Porque não, já experimentaram?

Bruno Slewinski
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sábado, 9 de julho de 2011

Desenrasquem-se!

Uma expressão muito portuguesa, e que, coincidência ou não, sempre teve a devida actualidade.
Numa época de crise, no meio de uma crise crónica portuguesa, já que para mim parte dos nossos problemas estão na cultura e não no ambiente ou envolvente. Boa parte dos nossos problemas existem porque não os conseguimos resolver. Alguns deles nem sequer tentámos.

«Se os meus Pais trabalhassem até os meus filhos terem idade para me sustentar, eu não teria problemas profissionais» Ricardo Vargas, in Executive Digest, nº62, II série, Maio 2011

Dando seguimento a esta citação de um excelente artigo de Ricardo Vargas, embora o conteúdo do mesmo não seja neste sentido, o que gostava de sublinhar é que temos de acabar com certos preconceitos, certos dogmas que, na prática, nunca funcionaram - ou funcionaram apenas para alguns - e que nunca puxaram pela economia, pelo País, apenas por alguns.
A cultura da "cunha", a mania que trabalho não é esforço, que o mérito é uma coisa esquisita, entre outras mais são estereótipos demasiado idiotas para continuarem a dominar o mundo empresarial, o mercado de trabalho, a dinâmica dos recursos humanos em Portugal. As garantias, as questões tidas como adquiridas apenas pervertem todo um sistema que por si só já não é grande coisa.
Quase que valeria a pena adoptar-se um sistema de os Pais neste País "colocarem os filhos fora de casa" assim que tenham idade para isso, de forma a obriga-los a fazerem pela vida, desenrascarem-se.
Em resumo, o que precisamos é realmente de uma população que saiba desenrascar-se, mas não apenas como o fazemos actualmente. Não é apenas fazer o suficiente, sobreviver, "arranjar qualquer coisa". É necessário e imprescindível, é essencial e fundamental adoptar uma postura de esforço e empenho, promover e estimular o empreendorismo, sendo que este último é possível a todos os níveis, não apenas na criação de empresas ou organizações. Empreendorismo é possível dentro das próprias organizações e empresas, em casa ou em comunidade.
Capacidade existe, e essa capacidade pode potenciar o crescimento de mais ainda. Diz-se que dinheiro atraí dinheiro, pois eu digo que capacidade e espírito empreendedor atraí mais ainda.
Desenrasquem-se!
The Obvious Revolution

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sustentabilidade e a Crise

A crise actual não precisa de apresentações, já está instalada há algum tempo, é conhecida pela vizinhança, embora, como em qualquer comunidade civilizada, requeira alguma adaptação às novas condições.

Mas esta crise mostrou-nos que, para além das deficiências na regulação dos mercados, da gestão desequilibrada e mais alguns casos de gestão danosa, etc., ao longo de vários anos os recursos e activos existentes foram muito mal utilizados. Nesse sentido, tornou-se claro o subaproveitamento de recursos a todos os níveis, privilegiando outros, devido a que se trabalhou apenas na perspectiva económica, ou mais precisamente, em muitos casos apenas numa perspectiva de retorno, dos rendimentos ou do lucro. De tal forma esta perspectiva foi acentuada que chegou-se ao ponto de desequilibrar totalmente estruturas inteiras de organizações, com o objectivo cego do retorno rápido, ao contrário de uma perspectiva equilibrada e de longo prazo, assente numa base consolidada de recursos e activos.

Se observarmos a temática da sustentabilidade, está implícita a maximização de recursos, ou pelo menos o potenciamento dos recursos existentes através de uma análise prévia da envolvente. Assim, também nesta temática a crise demonstra como uma gestão de recursos desajustada, com objectivos de curto prazo e no fundo errados, até podem trazer benefícios para alguns (uns poucos) mas sendo esses efémeros, em oposição aos benefícios praticamente para todos e a médio/longo prazo.

The Obvious Revolution

sábado, 5 de junho de 2010

Como ultrapassar a crise? Trabalhando!

No meio da complexidade enorme que este tema engloba, a solução, em termos genéricos, é extremamente simples. Pergunta-se muito por aí e por ali: como é que iremos ultrapassar a crise? Que soluções? O que é que podemos fazer? A resposta é brutalmente simples: Trabalhando! Vamos ao trabalho!
Se pensarmos que parte da origem desta crise económica vem de pessoas que procuravam o lucro grande e fácil, pessoas essas que certamente não tinham intenção de trabalhar muito, e não trabalhavam muito. Se pensarmos que muitas das economias colapsaram ou quase colapsaram devido a não terem estruturas sólidas com capacidade de resposta, porque certamente foram sendo estruturadas por pessoas que não trabalhavam muito, que facilitaram muito. Se pensarmos que, no caso de Portugal, um país que beneficiou de fundos comunitários, mas a nossa economia na última década não cresceu nada, provavelmente porque continuamos a produzir pouquíssimo ou quase nada, e estivemos sempre mais preocupados em resolver questões pontuais do que estruturais. E porquê? Porque provavelmente pareciam mais fáceis, porque trabalhamos pouco, ou pelo menos, porque muitas pessoas trabalhou muito pouco, não o suficiente para justificar o que ganharam.
Assim a solução passa por trabalharmos, não por irmos trabalhar. Existe uma grande diferença entre o acto de me deslocar para o local de trabalho e do acto de trabalhar em si, e parece-me que é uma diferença que muitos não perceberam, outros ainda perceberam bem e até são pagos para simplesmente irem trabalhar, nada mais. Portanto, mais uma vez, a solução passa, sem dúvida, por trabalhar, por intervir, por fazer melhor, seja em casa, na rua, no café, no nosso trabalho, com os amigos, com os colegas, com a família.
Em tudo podemos melhorar, e como as coisas estão por cá, parece que temos muito que melhorar, e melhorar é também mudar, e mudar também inclui mudar pessoas. Se achamos que certas pessoas que foram eleitas não estão a fazer um bom trabalho, e criticamos, mas depois realizamos que nem fomos votar nas últimas eleições, então primeiro teremos de mudar a nossa actuação para depois podermos mudar mais qualquer coisa.
Trabalhem para isso!
The Obvious Revolution