É um sinal dos tempos - dirão alguns - da época que vivemos, da crise que atravessamos, do ambiente que nos rodeia... Ou simplesmente uma reacção pontual?
Sem grandes especulações, tenho reparado nas últimas semanas, ao observar o Top 10 dos livros mais vendidos de "Não ficção", no suplemente "Actual" do semanário "Expresso", encontro entre outros oito, nem mais nem menos do que a "Constituição da República Portuguesa" e o "Código Civil".
Algumas questões surgem desde logo. Será evidência de uma sociedade mais evoluída e informada, ou simplesmente uma que acordou agora no centro de uma crise profunda? É sem dúvida positivo verificar que há cada vez mais pessoas a interessarem-se e procurarem informação sobre estes assuntos. É positivo verificar pessoas com vontade de querer saber mais, pegando até em livros e volumes que normalmente só seriam tocados por estudantes e profissionais das áreas de direito e afins.
É um sinal positivo, sem dúvida, mas será que chega?
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Etiquetas:
Código Civil,
Constituição,
Revolução,
Sociedade
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Em parte, um manifesto
A crise está perfeitamente instalada e nem sequer
pediu licença para entrar. Em tempos difíceis, mas aplicável a qualquer
situação momento, a melhor forma de sair é procurarmos a portas abertas e não
as fechadas. Ou seja, para sairmos da crise temos de procurar as soluções e não
ficarmos obcecados pelos problemas.
Obviamente que tratando-se da actual crise e olhando
para o estado do nosso país, posso e devo apenas generalizar, porque é difícil
e pouco justo falar de cada caso específico em tão poucas linhas.
Lendo os jornais, os noticiários das televisões, as
reportagens na rádio, e toda a imensidão de material que pulula a internet,
verificamos que a contestação social está a aumentar, a população começa a
protestar, a fazer ouvir a sua voz. Sem dúvida que boa parte desta situação é
altamente positiva, um sinal de uma democracia saudável, uma população que não
está estagnada e adormecida mas bem informada e activa. Tudo isto é bom, mas
tudo isto é fado.
Fado, uma forma de cantar singular, portuguesa de gema,
mas em certos pontos de vista talvez um certo lamento, um certo manto negro
sobre algo, uma lamentação, independentemente do conteúdo (uma definição
demasiado afunilada, apenas como argumentação). E esse fado, essa lamentação é
o que tenho visto mais por aí, pelo país fora, em toda a comunicação social.
Vejo muitas pessoas a lamentarem-se por isto ou por aquilo mas poucas a fazerem
alguma coisa por isso. Vejo centenas e milhares de pessoas empunhando cartazes,
a marcharem ruas fora, mas muito poucas a demonstrarem vontade de fazerem algo
para mudarem o estado das coisas. Vejo centenas de comentários sobre como as
coisas estão, mas muito poucos sobre como as coisas deveriam estar.
O foco está quase a 100% no problema, deixando pouca
margem para solução.
A questão não está no “se formos fazer” mas no “como
vamos fazer”. Já não se tratar de boas intenções, mas efectivamente da criação
de valor, e esse valor não está circunscrito apenas aos negócios e ao meio
empresarial. A criação de valor está em primeiro lugar ao nível individual, ao
nível pessoal, de cada um de nós. Não se trata de positivismo mas de força
vontade.
Não pretendo criticar mas fazer sim uma avaliação
crítica da situação e, tentando ir mais longe ainda, procurar e identificar
soluções, evitando a simples concentração nos problemas. Vamos continuar a
comentar ou começar a fazer alguma coisa por isto?
Claro que há casos, e provavelmente muitos, de
pessoas ou grupos de pessoas que não podem ou não conseguem fazer alguma coisa
por isso, mas com certeza absoluta que alguém ao lado pode. Não se trata de
voluntariado ou caridade, mas empowerment.
Preferem esperar que alguém faça algo por vocês ou vão já tratar do assunto?
Estão à espera que alguém vos dê algum poder de decisão ou vão procurar
ferramentas para lá chegarem? Deixar que os outros decidam e façam por nós
levou-nos ao estado actual em que vivemos, será que é isso que queremos?
Mais do que dizer neste preciso momento o que A ou B
pode ou deve fazer, o que a vizinha do C ou o primo do D querem, porque não
começar exactamente pela forma de pensar, pela nossa postura, a nossa abordagem
aos problemas? Trocar a palavra pela acção, a indignação pela reacção, a
estagnação pela revolução, o protestar pelo trabalhar, são apenas alguns
exemplos. Nada disto impede nem retira qualquer direito à indignação, liberdade
de expressão ou manifestação, mas pretende uma visão mais pró-activa, mais
positiva, mais produtiva.
Tal como uma famosa
expressão de John Kennedy: “Não perguntes
o que o país pode fazer por ti, mas o que podes fazer pelo país.” Porque
não, já experimentaram?
Bruno Slewinski
Orex SM | Sustainable Marketing
www.orexsm.yolasite.com
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