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terça-feira, 3 de maio de 2011

O Consumidor do Futuro

Sobre consumidores, novos tipos e outros, sobre novas formas de consumir, têm realmente proliferado por aí. Umas mais correctas que outras, outras ainda mais acertadas e perto da realidade que outras. Mas, sem querer apontar para esta ou aquela direcção, chamou-me a atenção o seguinte estudo, de uma organização espanhola.
A organização denomina-se Método Helmer, sedeada em Madrid, trabalha na área de Consumer Marketing Innovation, onde para além de marketing e tendências de marketing, fazem também investigação. O estudo a que me refiro foi apresentado como "The Next Best Brand", no ano passado, mas não deixa de ter a sua actualidade.
O estudo apresenta o novo consumidor, o consumidor do futuro, o consumidor pós-crise. Para a esta empresa o consumidor do futuro, o novo tipo de consumidor que começa a surgir, quer uma relação próxima com as marcas e, para ele, uma marca que não está na rede simplesmente não existe. Segundo o estudo, que baptizou este novo consumidor como Persumer, uma fusão das palavras persona e consumer, as marcas enfrentam novas exigências perante um consumidor que quer outro tipo de relação mais próxima, transparente e de acordo com os problemas que afectam o seu quotidiano. A marca deverá estar comprometida com o seu mundo, a sua envolvente, o seu ambiente, e ter capacidade para oferecer novas alternativas, alternativas credíveis.
De acordo com o estudo, estes são sintomas de um consumidor pós-crise, um consumidor que sai reforçado de um período em que foi obrigado a ter uma postura mais crítica face às marcas, tornando-se um consumidor consciente do seu poder na relação com a marca e que exige credibilidade do lado da marca. Exige cada vez mais realismo.
Em resumo, o estudo aponta 10 pontos chave que as marcas devem ter em conta na relação com os consumidores: Qualidade na comunicação sem elementos supérfluos, originalidade, simplicidade (a essência, sem excesso de informação), flexibilidade (adaptar-se a cada momento do cliente), transparência (comunicação clara, sem "photoshop"), coragem para ser diferente, sustentabilidade, humildade (assumir defeitos, mostrar o lado humano da marca), credibilidade (coerência entre o que se vende, o que se diz e o que se faz) e manter um compromisso social e ecológico.
Observando esta tendência e estes pontos chave neste estudo podemos verificar duas situações:
- Que as empresas e organizações vão rapidamente perceber qual a verdadeira importância do consumidor, e que o mesmo não é apenas aquele que consome o produto e/serviço;
- Se cruzarmos conceitos, verificamos a importância de Consumo Responsável (do lado do consumidor) mas que, cada vez mais, só será possível se as próprias empresas apoiarem, estimularem e promoverem esse mesmo consumo responsável, mas também se adoptarem uma postura equivalente ao consumo responsável. Ou seja, um conceito de consumo responsável do lado das empresas, uma espécie de Comércio Responsável. Não há dúvida que os consumidores o procuram.
The Obvious Revolution

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