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sábado, 12 de maio de 2012

Distribuição de dividendos: retorno ou investimento?

«As cotadas do PSI 20 registaram lucros líquidos em 2011 de 3,1 mil milhões de euros e vão distribuir dividendos no valor de 2,1 mil milhões de euros relativos ao exercício do ano passado. Contas feitas, 68% dos lucros conseguidos serão destinados à remuneração accionistas.»

Não sendo a minha área hei-de perguntar a alguns gestores e financeiros qual será a lógica nesta distribuição de dividendos? Não será demasiado a procura do retorno imediato ao invés de um real investimento?
Compreendo e aceito políticas de remuneração aos accionistas mais atractivas, mesmo em períodos de crise e recessão como temos vivido, mas porque se estimula o retorno razoável a curto-prazo e não a médio/longo-prazo com vista ao real investimento? Políticas de reinvestimento com uma percentagem menor de retorno para os accionistas?

Ok. Posso não perceber como funcionam estas estratégias financeiras, as compensações aos investidores/accionistas, todos os pormenores de cada caso específico. Mas tenho a convicção que, especialmente em épocas difíceis como esta, o investimento e reinvestimento, nomeadamente levando a maximizar recursos, potenciar as capacidades e mais-valias e know-how da organização, torná-las mais eficientes e flexíveis. Os novos tempos exigem organizações que se adaptem fácil e rapidamente.

Estimular o lucro rápido nunca deu bom resultado. Onde está a matemática do "hoje levo dois, mas se levar para o ano posso levar cinco ou seis"? Ou então existirá nas chefias de topo uma tremenda falta de visão, privilegiando o retorno acima da média aos accionistas em vez da criação de valor, ou pior, no sentido de não terem planos realmente interessantes, levando os accionistas a pensarem apenas no retorno não demonstrando real interesse nos potenciais dos seus investimentos? 

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