A revolução que a Sustentabilidade pode trazer, especialmente no aspecto social, tem uma dimensão muito maior, mais abrangente.
Num exemplo mencionado por Sérgio Figueiredo (Presidente-Executivo da Fundação EDP), num artigo no Diário Económico - algo que já anteriormente tinha referido como um dilema do marketing na sustentabilidade - é apontada a necessidade de mudança de comportamento, não dos consumidores ou clientes, mas das empresas em relação a estes. E o exemplo é perfeito e ainda muito pouco visto. O autor sugere que a empresa ao «liderar o movimento está a transformar radicalmente a natureza da relação com o seu consumidor: a confiança passa a ser o elemento mediador de algo que, até então, estava reduzido a uma relação comercial ou de mercado.»
O autor chama assim à atenção para um elemento muito importante, o da confiança, que está intimamente ligado às relações humanas, às relações pessoais, ou melhor, às pessoas. Ou seja, levanta a questão da importância das pessoas como peça fundamental numa nova dinâmica empresarial ou de negócio. A confiança como elemento mediador das relações. Mas esta confiança e estas pessoas, podem e devem incluir o público interno e não só os clientes e consumidores. Especificamente, esta alteração de comportamento também deve incluir o público interno, os colaboradores, funcionários ou outros. A revolução social abarca tudo isto.
E as empresas têm um papel essencial. Tal como o autor também refere «Com uma sociedade civil tão frágil, com um poder institucional tão desacreditado, não haverá transformação social a sério neste País enquanto o sector privado ficar a assistir como espectador.» As empresas e organizações até podem fingir que não percebem, olhar para o lado. Mas quando espreitarem verão que foram já ultrapassadas pelos concorrentes.
Mudança de paradigmas não é para brincadeiras.
The Obvious Revolution
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