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domingo, 7 de março de 2010

Obstáculos à Sustentabilidade

A Sustentabilidade é sem dúvida uma temática emergente e cada vez mais em voga. Já está no léxico do mundo empresarial, já surge nos discursos governamentais, até já tem algumas aplicações domésticas. Mas sem dúvida que além de ainda haver um longo caminho para percorrer, existem diversos - para não dizer muitos – obstáculos nesse mesmo caminho.
Vejamos, por exemplo, o caso da Cimeira de Copenhaga, em Dezembro último. Nos meses que antecederam a cimeira fomos tendo conhecimento de dificuldades, de obstáculos, de desentendimentos, ainda antes da discussão em si, nas datas previstas. Ou seja, chegamos à cimeira já com ideias pré-definidas de questões que não seriam discutidas ou que sendo trabalhadas não se iria longe com as mesmas. Em conclusão, o mundo não se entendeu, e embora se tenha acordado a realização da cimeira como um conjunto de boas intenções, quando se chegou a vias de facto, essas intenções não passaram disso mesmo. É observarmos os países que mais emitem CO2 a declararem que estão preocupados com a evolução da situação, mas no final de contas acabam por definir limites de emissões a rasparem a insignificância.
Podemos ir buscar outros exemplos a situações diferentes com dimensões diferentes mas que ilustram da mesma forma estes obstáculos. Por exemplo, no caso doméstico, uma família que planeia instalar uns painéis solares na sua moradia, mas que no final chegam à conclusão que não os vão colocar porque fica “feio” instalar uma série de painéis escuros no telhado da casa. Ou o casal que gosta de contar aos amigos que reciclam em casa, mas que não têm paciência para separar o lixo para o colocar nos caixotes certos do eco-ponto. Entre outros.
Outro grande obstáculo é o desconhecimento, ou o conhecimento superficial. Generalizando, ainda existe um grande desconhecimento desta temática e dos seus reais impactos, na sociedade e na economia. Torna o seu desenvolvimento mais lento, menos abrangente e com menor impacto. Não chega comprar um produto que é “verde” ou ser uma empresa “amiga do ambiente”. Esta última até nos introduz numa questão também importante, e desviante, o chamado “Greenwashing”. Este termo é usado para descrever práticas falsamente associadas a questões ambientais e no fundo sustentáveis. Por exemplo, empresas que gastam mais tempo e dinheiro a publicitar práticas “amigas do ambiente” do que nas práticas em si; um carro que por consumir menos é mais amigo do ambiente.
Em conclusão, depende de nós, como indivíduos, como família, como empresa, como país, tornar o desenvolvimento sustentável uma prática comum. No fundo, Sustentabilidade é sinal de progresso mas também de inteligência, e por isso deve ser pensada, planeada e executado com inteligência. Tal como este artigo é pensado e escrito de forma sustentável, com vista ao desenvolvimento sustentável, com perspectivas de futuro, também muitas práticas do dia-a-dia podem passar a ser praticadas nesse mesmo sentido.


The Obvious Revolution

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