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domingo, 28 de outubro de 2012

Políticos não são pessoas!

Acho piada, tenho de me rir porque não vou chorar, não por isto certamente.
Lia no outro dia um artigo intitulado algo do género "Empresários não querem ouvir falar de crise política". Eu também não! A sociedade portuguesa provavelmente divide-se entre aqueles que no meio de tanta desgraça nem querem saber mais, e aqueles que batem o pé, dão murros na mesa e não desistem e continuam a tomar posição, a fazer ouvir a sua voz. 
A situação que se tem vivido nos últimos dias, semanas, na arena política, dentro do Governo, entre os partidos que o suportam, que suportam a coligação, tem uma leitura muito clara: o sentido de Estado da Maioria é praticamente nulo!
Independentemente dos pormenores do que se tem passado, se o que surge nas páginas dos jornais ou nos noticiários é factual, a conclusão é muito simples. Essa conclusão passa por perceber que os partidos estão mais interessados nos seus supostos ideais, no sistema partidário, na estrutura e nas redes de influências do que no país, nas populações, naqueles que os elegeram, naqueles a quem deveriam responder, em quem servem.
Assistimos a tudo em termos de reações "políticas" (já coloco entre aspas porque começo a pensar no que serão então as verdadeiramente políticas), mas em vez de verdadeira actividade política, observamos birras parlamentares, intervenções infantis, discussões entre um estilo "velhos do Restelo" e "velhos dos marretas". Pior ainda é verificar que quem mais fala é habitualmente quem menos apresenta soluções (muito ao estilo "cão que ladra não morde"). Tal como numa empresa em que o foco deve ser o cliente, a classe política deveria focar-se no eleitorado e não em eleições apenas.
Demagogia e cacofonia são adjectivos que acabaram por ser banalizados, tamanha a confusão criada.

Acredito que tudo isto vai melhorar, vai mesmo! Acredito nas pessoas, em todos aqueles que com esforço e empenho querem dar um passo mais ainda, com pouca ou muita força não se deixam ficar. Acredito nas pessoas, nas pessoas e não nos políticos. Políticos não são pessoas.

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