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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A agenda dos Talentos

Entre vários artigos de Jaime Quesado que me têm chamado à atenção, este intitulado A Aposta nos Talentos, tem não só um conteúdo fantástico, mas também uma actualidade interessante, dado que se trata de um artigo do mês de Fevereiro deste ano. 
Falar do desgoverno a vários níveis que assistimos no nosso país não tem muito que se lhe diga, especialmente porque na minha opinião falar do que está mal não resolve por si só os problemas. Abordar os problemas procurando soluções será sempre, em qualquer época, a melhor das abordagens. 
Neste artigo, falando-se dos talentos, dos cérebros que saem ou fogem de Portugal, Jaime Quesado coloca a questão de outra forma. «Para quê sair para fora de Portugal se é cá dentro que o desafio de mudança implica a nossa participação?» Por muitas razões que existam para sair do país, ainda não vi ninguém abordar razões para ficar, especialmente com esta legitimidade. Colocando patriotismos de parte, mas que também são positivos e podem ser utilizados de forma motivadora, a mudança de mentalidades, de posturas, de visões, está sem dúvida na ordem do dia. Já se percebeu que mantendo uma passividade doentia não leva a lado nenhum, nem saímos do mesmon sítio. Que dá trabalho, sabemos que sim, mas no final do dia a compensação é grande demais para ser ignorada. 
«Mudar a agenda para agendar a mudança é um desafio colectivo no qual a participação individual se configura como estrategicamente mais do que necessária.» Tal como as manifestações populares, não as motivadas e organizadas por forças muito pouco independentes, a agenda também pode ser agendada pela força popular, também pode ser imposta não pela rua, mas pelas pessoas. Dado que o Governo não consegue criar condições para uma agenda para o sucesso, para o crescimento, seja a sociedade a fazê-lo. 
«É aqui que entram os talentos (...) Os talentos terão um papel central (...) e terão de ser mobilizados para uma verdadeira agenda nacional voltada para a competitividade e crescimento.»

Cada vez é mais difícil pensar em sair do país e deixá-lo entregue, à mercê desta classe política e afins. Será possível?

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