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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Lisboa, Turismo e Comunicação

O Top10 da lista Traveler's Choice, da TripAdivsor, para os destinos europeus, onde Lisboa aparece logo de seguida no 11º lugar, bem poderia ser o meu plano de viagens para os próximos meses. Começando por Londres, seguida por Roma, Paris, Istambul, Barcelona, Berlim, Florença, Praga, Dublin e Amesterdão. Logo atrás de Lisboa, curiosamente, surgem Veneza, Edimburgo e Madrid.

A capital portuguesa tem estado, felizmente, nos principais ranking's e indicies da especialidade nos últimos tempos, e pelas melhores razões. Se, por um lado, é bom sinal e razão para contentamentos, pelo menos para quem de direito, por outro lado é também sinal de muito trabalho pela frente. Do ponto de vista local, da própria cidade, melhorar deve ser sempre o principal objectivo, fazer mais e melhor (pelo menos melhor), tentando também não descurar a atenção no ranking, com intenção de subir mais ainda. Mas de um ponto de vista nacional, o objectivo também deve ser melhorar e melhorar, mas deverá incluir mais cidades em posições de destaque nos rankings de turismo e afins.

Em resumo, faz todo o sentido maximizar a utilização dos recursos disponíveis, tentando juntar a imagem do País às principais cidades e/ou regiões, mas de forma estratégica. As estratégias locais, por muito autónomas que sejam ou possam ser, têm de ter ligação à nacional e vice-versa. Isto até pode ser encarado como uma verdade de La Palisse mas tem a sua lógica, já que pode ser feito melhor, estratégias mais integradas, mais estruturadas, uma comunicação mais bem direccionada, mais objectiva. As oportunidades têm de ser bem aproveitadas, as organizações e estruturas devem estar cada vez mais flexíveis e preparadas para agir, trabalhar com capacidade de adaptação. Exemplo disto é a ideia de Rudolph Giuliani, numa conferência em que foi orador em Lisboa (se não estou em erro em 2010). Durante o período mais difícil para Portugal perante os mercados, quando estava mais exposto, quando surgia mencionado na imprensa mundial quase todos os dias, Giuliani sugeria divulgar o turismo português aproveitando a oportunidade de o nome de Portugal estar nas bocas do mundo. Claro que não estava nas bocas do mundo pelas melhores razões, mas aproveitava-se o fluxo comunicacional, trabalhando estratégias e formas de promover a imagem turística.

Os tempos são outros mas muitos dos problemas mantêm-se, tal como a falta de visão de chegar mais longe, aproveitando bem as oportunidades que surgem. Seja procurando parcerias, fazendo concorrência, promovendo o clima ou a História, o essencial está no estar atento. O futuro reserva-nos sempre novos desafios, o melhor que podemos fazer é estarmos cada vez mais bem preparados. As nossas cidades e o nosso País também.


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