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sábado, 7 de maio de 2011

Envolvimento e diálogo não é treta

Em questões de sustentabilidade e responsabilidade social, um dos pontos importantes habitualmente muito focados é o envolvimento - engagement em inglês. Claro que podemos discutir até que ponto o envolvimento é realmente promovido ou implementado nas organizações e empresas, mas onde quero chegar é à importância do envolvimento e como o mesmo não se resume apenas aos colaboradores da empresa.
Podemos começar por falar, no aspecto mais conhecido, isto é, do envolvimento ao nível da estructura da organização, do envolvimento de todos os departamentos, dos colaboradores, ou de uma melhor forma, o envolvimento dos stakeholders. Existem muitas fontes sobre iniciativas  e formas de envolvimento, transversal à organização, e também muitas questões e dúvidas, sejam daqueles pouco conhecedores até aos cépticos ferrenhos. Uma coisa é certa, funciona e resulta em grandes benefícios a vários níveis. 
O envolvimento, no caso dos colaboradores, consiste em literalmente envolvê-los na orgânica da empresa, na dinâmica empresarial, fazendo parte do negócio. Envolvimento consiste em transformar uma força de trabalho indefinida em pessoas com necessidades, desejos e ambições. Consiste em transformar essas pessoas que aspiram a manter o seu posto de trabalho, em ganhar o ordenado ao fim do mês, a contarem os minutos para chegarem às 18h00 para saírem do trabalho, em verdadeiros profissionais que trabalham com paixão em conseguir mais para eles mas para a equipa também, para chegarem mais longe, que mesmo que cumpram escrupulosamente o horário, não passam a maior parte dele a pensar na hora de saída. Envolvimento é também integrar essas mesmas pessoas no centro da organização, integrar na cadeia de decisão, na dinâmica de trabalho, fazer com que o seu trabalho seja significativo ao mesmo tempo que sejam significativos no seu trabalho. 
Mas envolvimento é muito mais, chegando aos stakeholders. Integrar os clientes no processo de negócio, envolvendo-os nos processos de construção de produtos e serviços, fidelizando-os porque vão perceber que no meio de fornecedores com produtos ou serviços equivalentes, com preços parecidos, a diferença está naquele que vai mais longe, mesmo ao nível de intangíveis, porque nem tudo é dinheiro. Falando de dinheiro, mesmo até no que toca ao colaboradores, nem todas as recompensas têm de ser derivadas do dinheiro, como podemos verificar no artigo "3 ways to retain your best employees without raising salaries", onde podemos ler que promover as expressões "Bom trabalho", "Obrigado pelo esforço", entre outros, valem muito mais e custam muito menos. 
Mas este envolvimento até pode ir mais longe, como o sugerem Mark Bateman e Michael Sadowski, no Blog de CSR da Vault.com, que entre outras coisas afirmam - neste caso relativamente à relação de agências de rating e as empresas que classificam - deve haver um envolvimento antes da classificação. As agências de rating deve promover um maior envolvimento com aqueles que classificam porque será a única forma de esses últimos se sentirem parte do processo e perceberem realmente o que terão de corrigir para melhorar o rating. 
O envolvimento é mais ainda, mas ficará para mais posts, ficará para questões mais específicas, ficará para envolvimentos...desculpem, para mais desenvolvimentos. 
The Obvious Revolution

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