Ads 468x60px

domingo, 17 de junho de 2012

Planeamento Estratégico e a Sustentabilidade

Mais um excelente artigo de opinião de Miguel Setas, lido no Económico online intitulado "Em busca da Estratégia Perdida", desta vez focado no planeamento estratégico.

Sublinha a noção de dois grandes empresários brasileiros que basicamente recusam o planeamento estratégico actualmente, afirmando que «"são uma forma de destruir valor" nas empresas e que têm um papel essencialmente "motivacional"». O autor não concorda com esta noção, nem eu, já que não ter estratégia é praticamente como navegar à deriva, e nem preciso de ser fundamentalista. Por outro lado, aceita com o facto de termos de evoluir em relação aos processos de gestão e estratégia do século passado, especialmente na forma cega de confiar e seguir esses mesmos processos. 
Relativamente aos novos caminhos a serem trilhados, Setas aponta para um caminho que, na minha opinião, vai ao encontro da temática da Sustentabilidade, nomeadamente no campo social, ou seja focado nas pessoas. Miguel Setas sugere que «Agora, nestes tempos de incerteza, o que parece ser o caminho unânime é o aproveitamento da "sabedoria coletiva", através do chamado "crowdsourcing". Por conseguinte, os novos processos de formulação estratégica são coletivos e abertos à participação de múltiplos stakeholders, tanto internos como externos, em vez de funcionarem apenas no circuito fechado dos Conselhos de Administração e das firmas de consultoria.»

Para mim a estratégia é essencial, e se for trabalhada junto dos stakeholders, especialmente com a participação dos colaboradores, não só se integra transversalmente toda a organização na busca de interesses comuns, como também consegue-se motivar e estimular toda a equipa. 

O futuro está sem dúvida no foco, mas também no equilíbrio, dos 3 pilares da sustentabilidade: o económico, social e ambiental. Mas se nas últimas décadas o foco tem estado entre a dimensão económica e a ambiental, estando o desenvolvimento desta temática concentrado na mitigação, em conceitos como a pegada ecológica, tem se descurado a dimensão social, esquecendo de certa forma as pessoas. Desta forma é necessário reforçar o desenvolvimento da dimensão social, o foco nas pessoas, interna e externamente às organizações, a devida atenção às comunidades, às parcerias e sinergias, aos stakeholders como participantes envolvidos e não apenas como espectadores.

0 comentários:

Enviar um comentário