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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Teoria das fraldas borradas 2.0

Já há muitos meses tinha escrito uma versão diferente desta Teoria das fraldas borradas, o que depois de reler, resolvi fazer algumas modificações, ou melhor: escrever de outra forma, noutro sentido.

Questão simples: porque é que se mudam fraldas borradas? Porque simplesmente cheiram mal e tem de ser ou porque a criança, por variadíssimas razões, incluindo higiénicas, não deve andar borrada demasiado tempo? 

Em termos práticos, transpondo para o mundo económico e empresarial, a sustentabilidade deve ser trabalhada apenas por se tratar de uma oportunidade em termos de marketing e comunicação ou será uma questão mais abrangente e multifacetada?
Repare, tal como numa criança de fralda borrada, também um negócio ou uma organização tem várias necessidades para as quais existem várias soluções. Todas resolvem alguma coisa, mas apenas algumas são as mais eficazes, nem sempre as mais imediatas.
Para além da preparação que é fundamental, em termos das ferramentas e material necessário, e treino a mais é contraproducente, não vale a pena estar literalmente preparado para todas as eventualidades. Ou seja, não vale a pena andar com uma mochila com 2 quilos de fraldas, 3 marcas diferentes de toalhetes, 4 mudas de roupa, entre outras coisas, quando vamos até ao fim da rua beber um café. Facilmente perdemos demasiado tempo com preparações inúteis, ocupamos a nossa cabeça com questões fúteis e a eficácia perde-se quase totalmente pelo caminho. Por exemplo, no caso das fraldas, e falo por experiência própria, a mala ou mochila pode estar sempre pronta com o essencial para enfrentar as dificuldades principais: a eventualidade de mudar fraldas borradas!
Partindo assim de um exemplo que nada tem haver, o ponto onde quero chegar é que em termos de Sustentabilidade, a maioria das organizações promove acções pecando por excesso ou por defeito. Habitualmente por defeito. Quando pensamos na implementação da Sustentabilidade, estaremos a falar de políticas, de estratégias ou simplesmente acções pontuais. Estão todas relacionadas mas não são todas a mesma coisa. Isto nem sempre é claro. Voltando às fraldas, para que serve uma mala com todo o material topo de gama e sem saber o que fazer com ele? Mudar uma fralda e limpar com papel higiénico e colocar um pano enrolado, resolve até certo ponto, mas será eficaz e por quanto tempo? Pedir emprestado, comprar na hora? Tudo isso resolve alguma coisa de alguma forma, mas será uma boa estratégia?
Assim a Sustentabilidade deve ser pensada e planeada de forma adequada, começando por “O que é que precisamos fazer?” e não por “O que é que vamos fazer?”. Com este tipo de pergunta inicial chegamos facilmente ao tipo de ferramentas ou know-how necessário para atingir os nossos objectivos, conseguindo no processo identificar quais as formas de abordar e implementar a Sustentabilidade que façam sentido para o nosso modelo de negócio.

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